Em clima de confraternização, com variadas apresentações musicais e falas condenando o negacionismo do governo federal, a Brigada pela Vida de São Paulo festejou o seu segundo ano de existência na tarde de sábado, 16 de julho, dando sequência ao ciclo de eventos regionais iniciado com o encontro dos Colégios Diretores da Brigada em maio, na Casa do Professor, na região do Centro de São Paulo e que passou também pela Zona Norte, no encontro organizado pela Apeoesp na região de Santana, no dia 8 de julho.

A comemoração, desta vez, teve lugar na quadra de esportes do CECAPAS (Centro Capuchinho de Ação Socioeducativa), entidade de assistência social do Sapopemba.

O bairro foi escolhido para sediar o evento por dois motivos. Por registrar até hoje o maior número de óbitos da Covid-19 na cidade e pela organização exemplar durante o ápice da pandemia.

O núcleo do Sapopemba com agentes dos serviços públicos dos equipamentos de saúde e de profissionais da educação foi o pioneiro ao sair às ruas para dialogar junto à população em campanha a favor da vacinação e na distribuição de máscaras.

Coube a vice coordenadora geral da Brigada, Ana Paula Torres dar as boas-vindas aos participantes. Ela relatou outras ações importantes no território como a distribuição de cestas básicas à população vulnerável.

Já o Professor Valter de Almeida, do Colégio Diretor Deliberativo da Brigada, fez retrospectiva nesses dois anos. "A Brigada foi inspirada nas Brigadas Emergenciais da Saúde organizadas no Nordeste para combater a pandemia, sob a coordenação do cientista Miguel Nicolelis. Aqui, em São Paulo, um grupo de educadores, militantes de movimentos de saúde e da moradia popular, resolveu também dar combate à pandemia e também às ações criminosas das milícias digitais que disseminaram mentiras que custaram as vidas de muitos brasileiros", afirmou.

Ele ainda explicou o novo desafio "Agora estamos preparando a mobilização para engrossar o Grito dos Excluídos em 7 de setembro em defesa da democracia que corre sério risco diante da escalada do fascismo no Brasil e as ameaças contra a eleição de outubro", disse.

Pelo palco se revezaram Mary Moreno e Regina Marchiori, que arrancaram calorosos aplausos a cada interpretação de alguns clássicos da MPB. Depois foi a vez de Rodrigues do Acordeão se apresentar. E o samba pediu passagem nas vozes impecáveis de Graça Braga, Kelly Silva e Jessica Américo.